Canção à poeira é um projeto idealizado por Luana Lorena sobre o tempo das memórias na fotografia. Através da digitalização cuidadosa de materiais fotográficos analógicos de 11 famílias, a proposta foi pensar o que seriam traduções possíveis para as histórias e os silêncios que essas fotografias contam. O trabalho acontece a partir da prosa com os interlocutores desses conjuntos fotográficos: é ela quem dá o compasso para a tradução dessas fotografias analógicas em arquivos digitais. Luana propõe possibilidades de conservação para essas fotografias que comumente fazem morada nas caixas de sapato em um canto de alguma prateleira, propondo uma conversa sobre o envelhecimento das memórias. Na trama afetiva que se pronuncia (ou se silencia) no que chamamos de “memórias íntimas”, algo mais largo vai se contando: a memória é um campo de disputa e aquilo que está empoeirado também pode guardar novas canções. Essa pesquisa de três anos resultou neste livro: ele é a conjugação e composição das memórias que participam de Canção, propondo-as uma nova sintaxe. 

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